Neste 1º de outubro, Dia Internacional do Café, o mundo ganhou mais um argumento pra justificar a terceira (ou sétima) xícara do dia: uma pesquisa apresentada na Sociedade Americana de Nutrição acompanhou mais de 47 mil enfermeiras por décadas e descobriu que quem bebia muito café, quase sete xícaras pequenas por dia, tinha 13% mais chances de envelhecer com saúde. E aqui, “saúde” não é só acordar sem ressaca: os critérios incluem boa saúde física e mental, ausência de déficit cognitivo e zero das principais 11 doenças crônicas.
Mas, antes de você correr pra entupir a cafeteira, calma: o efeito positivo apareceu especialmente entre as que bebiam café com cafeína, não o descafeinado ou chá. E, como sempre, a linha entre o remédio e o excesso pode ser mais fina que pó de café coado no pano.
Sete xícaras? Nem tanto, avisa a especialista
De acordo com a nutróloga Dra. Juliana Couto Guimarães, da Afya Educação Médica, o consumo seguro de cafeína é de até 400 mg por dia, o que dá umas 3 a 4 xícaras de café coado de 150 ml. O estudo apontou benefícios em um consumo acima disso (500 a 600 mg por dia), mas aí já entramos no território do “funciona pra alguns, ferra a vida de outros”.
Segundo a médica, exagerar no café pode trazer insônia, ansiedade, palpitações, refluxo e até tremedeira nível “digitando no WhatsApp como se fosse máquina de escrever”. E se você tem doença cardíaca, ansiedade ou distúrbio do sono, o efeito pode ser ainda mais acentuado.

Por que o café é mais que cafeína
O café é o crush de longa data do brasileiro, e não é só pela energia de quem acorda às 6h e já tem boleto no e-mail. A bebida é rica em compostos bioativos, polifenóis e antioxidantes que atuam contra inflamações. Pesquisas associam o consumo moderado a uma série de bônus de saúde:
- Redução do risco de Alzheimer e Parkinson
- Menor chance de diabetes tipo 2
- Proteção contra doenças cardiovasculares
- Possível impacto positivo em alguns tipos de câncer
- Melhora no humor e desempenho cognitivo
- Contribuição para uma vida mais longa (se não for estragada pelo estresse do busão lotado)
O Brasil continua movido a café (literalmente)
Se tem gente que exagera, tem também um país inteiro que respira cafeína: só em 2024 foram 22 milhões de sacas consumidas no Brasil, segundo a ABIC. O Sudeste lidera (41,7%), seguido pelo Nordeste (26,9%) e pelo Sul(14,6%). Somos, ao mesmo tempo, maior produtor e um dos maiores consumidores do planeta.
E no cenário global, a safra 2025/26 deve bater recorde de 178,7 milhões de sacas, puxada pela recuperação no Vietnã, Indonésia e Etiópia. O Brasil deve colher 65 milhões de sacas, entre arábica e robusta. Resumindo: se o mundo acabar, a gente ainda segura o fornecimento do cafézinho.
Conclusão com cheirinho de café fresco
O estudo reforça o que muita gente já sabia: café pode ser aliado da saúde e longevidade. Mas, como toda boa relação, pede moderação. A dica é aproveitar os benefícios sem transformar o corpo em uma usina de cafeína.
E você, tá mais pro “3 xícaras e um bom dia” ou pro “7 doses e um ataque de ansiedade”? Conta nos comentários e acompanhe nosso portal pra mais novidades sobre saúde, ciência e, claro, cultura pop com cafeína.
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