Em entrevista exclusiva ao Portal Plop, Angélica de Acácio, uma artista multifacetada que combina sua expertise como atriz com um talento premiado internacionalmente nas artes visuais, conta detalhes sobre seu trabalho no espetáculo “O Gênio da Lâmpada e o Tempo”.
Com uma trajetória nos palcos desde 2018, Angélica traz para cada projeto uma abordagem única, unindo técnica e sensibilidade para criar performances impactantes e memoráveis. Atualmente, ela atua como Atriz e Diretora de Movimento no espetáculo “O Gênio da Lâmpada e o Tempo”, uma produção que explora de forma lúdica e reflexiva a influência da tecnologia na saúde mental das crianças, ao mesmo tempo que celebra as memórias das infâncias de outrora.
Para saber mais detalhes sobre o projeto, confira o bate papo exclusivo!
Conta um pouco sobre como surgiu a oportunidade de integrar o espetáculo “O Gênio da Lâmpada e o Tempo”?
Tudo começou na nossa escola de formação, a Escola Sesc de Artes Dramáticas, esboçamos em grupo o projeto com o intuito de refletir de forma lúdica a influência do rápido avanço da tecnologia sobre a saúde mental nas crianças de hoje, além de resgatar e celebrar as memórias das infâncias antes da tecnologia, sem rechaçar nenhuma delas.
Conta um pouco mais sobre seus personagens Dona Maria e Joca?
Dona Maria e Joca são mãe e filho, e vivem os anos 1970, eles têm um tempo e ritmo menos acelerado que os demais personagens.
Como você se preparou para interpretar múltiplos personagens? Como você equilibra as diferentes personalidades em cena?
Foi um grande desafio, dado o curto tempo de transição de um personagem para o outro e preparação para a estreia. Mais que um mergulho profundo na psique de cada um, optei por focar de maneira panorâmica na composição do espetáculo como um todo e em como minha participação poderia colorir esta imagem.
Como foi trabalhar junto com toda a equipe nesse projeto?
Foi um trabalho igualmente desafiador e gratificante. O grupo se uniu a partir da nossa escola de formação, estudamos juntos e temos muito respeito uns pelos outros como pessoas e artistas, e isso facilitou muito o processo, o Gênio da Lâmpada e o Tempo foi a realização de um sonho para mim.
A interação com o público infantojuvenil tem influenciado suas performances após a apresentação?
A peça resgata brincadeiras e cantigas populares. Qual a importância desse resgate para as novas gerações? Como vocês veem o papel do teatro na preservação dessas tradições culturais?
Fundamental. Vivemos uma era hiper conectada, onde as relações são constantemente intermediadas por telas, acredito que o resgate das cantigas populares e brincadeiras aliados ao teatro são ferramentas poderosas para equilibrar o digital e analógico, conscientizando adultos e crianças sobre o brincar e convidando o público a estar no aqui e agora.
Como foi o processo de pesquisa sobre o teatro para crianças? Quais descobertas ou insights mais influenciaram a criação deste espetáculo?
O diálogo com nossa própria infância, em particular para mim foi o mais poderoso deste processo de pesquisa. Tenho certeza que sem acessar nossa criança interior, este espetáculo faltaria com a verdade e força.
Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas na adaptação de brincadeiras tradicionais para um formato teatral? Alguma brincadeira foi particularmente desafiadora de traduzir para a linguagem cênica?
Sim. Um Homem Bateu em Minha Porta, a dificuldade foi manter a concentração e o fôlego ao cantar, atuar e brincar. Além de que as brincadeiras precisam caber dentro do tempo cênico, senão fica longo demais e perde-se a atenção do público.
O que mais surpreendeu vocês durante a apresentação de “O Gênio da Lâmpada e o Tempo”? Houve alguma reação do público ou momento em cena que foi particularmente marcante?
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