Revisita Rita: uma homenagem com alma e frescor
Sabe aquele sentimento gostoso de reencontrar uma velha amiga, mas com a surpresa de vê-la com uma nova vibe, mais atual, mais colorida, e ainda assim 100% ela? Pois é exatamente isso que rola com Revisita Rita, o EP que chega com cheirinho de homenagem, sabor de novidade e alma de celebração. Estamos falando de Rita Lee, a nossa roqueira maior, a ovelha negra mais amada desse Brasilzão, ganhando um tributo daqueles de arrepiar a espinha, com releituras lindonas feitas por uma galera de peso da nova geração da música brasileira.
Quem puxa a fila dessa celebração é ninguém menos que Moogie Canazio. Nome que talvez nem todo mundo reconheça de cara, mas que tem dedo (e ouvido) em muitos álbuns icônicos da nossa música. Moogie é daqueles produtores que não só entende de som, como sente cada batida como se fosse parte do corpo. Amigo de longa data da própria Rita e de Roberto de Carvalho, ele decidiu transformar saudade e admiração em arte. E, olha, que escolha acertada.
Uma ideia que vem de longe, quando Rita Lee ainda estava com a gente
“Essa ideia já existe há muito tempo, a Rita ainda estava com a gente quando eu criei esse projeto”, contou Moogie, com aquele brilho no olhar de quem sabe que está mexendo com coisa sagrada. E tá mesmo, né? A discografia da Rita é um verdadeiro altar da nossa música, cheia de hits que atravessaram décadas e continuam vivíssimos nas playlists de todo mundo, da tia do interior ao adolescente urbano do TikTok.
Mas não pense que foi fácil escolher as músicas. Imagina só ter que selecionar algumas entre tantas obras-primas? Tarefa de responsa. Moogie começou com uma lista de 20 só pra dar uma peneirada inicial e, a partir daí, começou a imaginar quem daria conta de recontar essas histórias com alma, voz e verdade. Não era só cantar: era entender Rita. E foi aí que a mágica começou.
Moogie destaca o apoio da Universal Music no processo. “O catálogo da Rita está praticamente todo na companhia, portanto, é o melhor lugar para esse projeto”. “Revisita Rita” chega aos players no dia 18 de abril. “Me sinto privilegiado por fazer essa homenagem para uma pessoa tão especial”, finaliza.
IZA e o poder da “Ovelha Negra”
IZA, por exemplo, ficou com “Ovelha Negra”. Simplesmente tudo. A força vocal dela, o olhar feminino afiado, e aquele timbre poderoso que fala de liberdade, dor e resistência com uma doçura brutal. O resultado? Um hino que já era um clássico ganha agora uma versão que é puro fogo e afeto. Dá vontade de ouvir no repeat.
Criolo pegou “Flagra” e levou pro mundo dele, misturando groove, poesia e aquele olhar de cronista urbano que só ele tem. O cara entendeu o recado e devolveu uma versão cheia de suingue e irreverência, do jeitinho que Rita Lee adoraria ouvir. Porque, convenhamos, ela sempre foi dessas: à frente do tempo, sem medo do novo.
Sensualidade pop em “Chega Mais”
Duda Beat e Carol Biazin se juntaram pra dar vida nova a “Chega Mais”, e aí foi aquele momento “pop meets paixão”. Uma vibe mais sensual, cheia de nuances, com camadas que revelam uma Rita mais íntima, mais romântica, mas ainda com aquele brilho rebelde no olhar. E se você acha que não dá pra inovar em cima de tanta personalidade, ouve essa faixa e depois a gente conversa.
Já Roberto Frejat com “Mamãe Natureza”. Aqui o tom é mais rock’n’roll, claro, porque Frejat sabe das coisas e porque essa faixa pede essa energia. Mas tem também carinho, respeito, e uma pegada que deixa a gente com vontade de subir no palco junto.
Muito além de uma regravação
E é isso mesmo. O EP “Revisita Rita” é um reencontro, uma reinterpretação, e mais do que tudo, uma reverência. A música dela continua pulsando, dançando, vivendo nos corações de quem ama arte feita com coragem. É um presente pra quem sente falta da Rita, e uma porta de entrada pros que ainda vão se apaixonar por ela.
Um projeto desses não apenas emociona, mas também inspira. Mostra que a música de Rita Lee é tão eterna quanto necessária e que, com amor, respeito e criatividade, sempre haverá novas formas de ouvi-la. E de sentir tudo aquilo que só ela sabia dizer com tanto charme, ironia e coragem.
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